quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DEFORMAÇÕES NO CORPO ASTRAL

Neste artigo, o autor apresenta algumas noções básicas sobre o períspirito e seus mais conhecidos desajustes energéticos

Por Dr. Ricardo Di Bernardi

Para facilitar uma visão mais clara do mecanismo da encarnação, bem como de todos os fenômenos espirituais, inicialmente faz-se necessário falarmos do corpo espiritual.

Quando as entidades espirituais se tornam visíveis, seja pela simples clarividência mediúnica, seja pelo fenômeno da materialização ectoplasmática, observamos que elas possuem um corpo semelhante ao nosso corpo físico. Aliás, os espíritos nos dizem que nós é que possuímos um corpo semelhante ao deles.

No fenômeno da materialização, tão estudado pelo famoso físico inglês Willian Crookes e pelo prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, Charles Richet, os espíritos tornam-se visíveis e palpáveis a todos as presentes à sessão de estudos. São percebidos e tocados em seus corpos espirituais.

Inegável é, sem dúvida, que existem fraudes conscientes e inconscientes; no entanto, a grande frequência dos fenômenos, bem como o elevado nível cultural e ético das pessoas seriamente envolvidas em determinados casos atestam a sua realidade.

Embora a essência espiritual não tenha forma, pois o princípio inteligente, os espíritos possuem um corpo espiritual anatomicamente definido e com uma fisiologia própria da dimensão extrafísica. Dos planos espirituais temos notícia, por inúmeros médiuns, como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, sobre a maravilhosa organização das comunidades sociais que os espíritos constituem, às vezes assemelhadas às terrestres.

A energia cósmica universal ou fluido cósmico que banha ou permeia todo o universo é a matéria prima que o comando mental dos espíritos utiliza para a constituição dos objetos por eles manuseados. A este respeito encontramos informações mais detalhadas reunidas por Kardec em O Livro dos Médiuns.

O corpo espiritual, já mencionado pelo apóstolo Paulo e conhecido nas diversas religiões com os mais diferentes nomes, tais como períspirito, corpo astral, psicossoma e outros, é também matéria. É constituído de um tipo especial de matéria derivada do fluido cósmico universal. Assim nos informam as entidades espirituais.

O corpo espiritual apresenta-se moldável conforme as influências psíquicas e emocionais do espírito. A maior elevação intelecto-moral vai determinar como consequência uma sutilização do próprio corpo espiritual.

Em contrapartida, os espíritos cujas vibrações mentais são inferiores determinam, inconscientemente, que seu corpo espiritual se apresente mais denso, opaco e obscurecido, não tendo irradiação luminosa dos primeiros. Quanto mais primitiva for a entidade espiritual, mais escuros os tons das cores e mais opacos se apresentam. À medida que galgam degraus mais elevados na escada do progresso, passam a emitir uma luminosidade específica, pela postura mental adotada. Decorrente de situações momentâneas, as vibrações se aceleram ou se desaceleram, determinando modificações na estrutura do corpo espiritual, e todo o conjunto se altera. Quanto maior for o adiantamento moral do espírito, menor a densidade de seu corpo espiritual.

Uma analogia: a água, em estado líquido, quando fervida transforma-se em vapor pela maior energia cinética de suas moléculas, determinando um afastamento entre elas decorrente da vibração mais intensa que passam a ter.

ZOOANTROPIA E LICANTROPIA

Exemplos práticos de modificações profundas e graves, no capítulo das patologias do corpo astral, seriam os casos descritos como de zooantropia ou licantropia. Nessas situações, as formas perispirituais se animalizam pela postura de ódio recalcitrante ou outros sentimentos inferiores, deformantes do corpo espiritual.

Denomina-se zooantropia (zoo=animal e anthropos=homem) aos casos onde o corpo espiritual, pela deformação progressiva, passa a assemelhar-se a um animal.

Licantropia (lican=lobo e anthropos=homem) nos casos onde o corpo espiritual, pela alteração degenerativa da forma, passa a lembrar a figura de um lobo, o que nos faz lembrar da lenda do lobisomem, que talvez tenha origem no fato de, pelo fenômeno da clarividência mediúnica, tenham sido vistos espíritos com este tipo de deformidade anatômica no seu corpo astral.

Naturalmente que estas deformidades são transitórias e relativas ao tempo em que a entidade espiritual ainda se mantém na atitude mental de ódio.

O tratamento reparador destas deformidades efetua-se com uma adequada energização dos períspiritos, como temos observado nas lides mediúnicas de que participamos. Ousamos, inclusive, a criar o verbete perispiritoplastia para a recuperação anatômica que observamos nas entidades tratadas e recuperadas em seu aspecto nos grupos mediúnicos.

As energias do plano extrafísico, da natureza e o ectoplasma fizeram parte da matéria prima utilizada por nós e pelos mentores espirituais que nos assistem durante esses tratamentos.

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